Page 79 - UM SINAL NA HISTÓRIA
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filiação, de fato, aos sindicatos dos Bancários nos diferentes estados; articulação com parlamentares
para a elaboração de projeto de lei que garantisse o direito à sindicalização.
Apesar do resultado negativo na AGE, alguns integrantes da DI ainda tiveram fôlego para 79
lançar a chapa “Asbac Democrática”, com o objetivo de concorrer às eleições ao Conselho Movimentos políticos e reivindicatórios dos funcionários do Banco Central
da Associação, em dezembro de 1985. Na justificativa da candidatura, os membros da chapa
afirmavam ser oposição “à submissão e ao continuísmo”
na direção da Asbac. E defendiam também o direito à
sindicalização.
“Para a formação de nossa chapa, não nos preocupamos em
saber quem tinha votado na ‘1’ ou na ‘2’ da AGE. Primeiro porque
a decisão foi já adotada e não seremos nós a desrespeitá-la. Depois, por
acreditarmos que a maciça maioria dos associados estava empenhada
em buscar o melhor caminho e, independentemente da opção escolhida
naquele momento, votou a favor de nossas reivindicações e de nosso di-
reito à organização. (...) Por detrás dos números da votação da AGE
de setembro, sobressai com toda a clareza que não toleramos mais a
proibição de nos sindicalizarmos. Esta é a grande lição e o grande triun-
fo do funcionalismo naquele momento. (...) Assim, a luta pela sindicali-
zação é o caminho que nos parece mais correto e, enquanto funcionários
do Banco, estamos integrados às iniciativas práticas para mudanças das
leis que nos vetam esse direito.” (Boletim de campanha da chapa
“Asbac Democrática”, sem data)
o Conselho da Associação no fim de 1985 A chapa “Asbac Democrática” perdeu as eleições.
Mas o Movimento por Democracia e Independência
na Asbac deixou uma estrutura de organização para os
funcionários do Banco Central. E a ideia de entidade
representativa continuava viva, uma vez que a proibição
de sindicalização ainda permanecia em vigor.