Page 74 - UM SINAL NA HISTÓRIA
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Um Sinal na Históriaempregadores. Assim, tornava-se mais que necessária uma entidade
para encaminhar as negociações. Na conformação em que se
encontrava àquela época, com parte de seu Conselho indicado pelo
Banco Central, a Asbac seria considerada ilegítima para participar
desse processo.
Na avaliação dos integrantes da DI, estava claro que o Conselho, ao
liderar a campanha para votação direta de seus membros, acreditava que
iria continuar à frente da Associação e poderia negociar os índices salariais
em nome dos funcionários do Banco.
Apesar dessa percepção, o movimento manteve a indicação de voto na
proposta 1:
“Se verdadeiras estas reflexões, o que fazer? Em primeiro lugar, votar maciçamente a
74 proposta 1. Contraditório? Não!
Por mais que o Conselho gaste dinheiro – o dinheiro de todos, diga-se de passagem – com
manifestos, panfletos, viagens, estadias, jamais conseguirá apagar esta verdade incontestável: foram
os associados, com sua força e persistência, que impuseram a convocação da AGE. Chegou a hora
de consagrar esta vitória. (...)
(...) Votando a proposta 1, teremos dado mais um passo em direção à nossa entidade repre-
sentativa. Um passo limitado, é verdade, mas, nem por isso, menos necessário.” (Democracia e Inde-
pendência na Asbac, boletim nacional no 2, abril/1984)
A UNTBC também se engajou na campanha pela proposta 1, defendendo a unifi-
cação de esforços em favor da democracia e da representatividade. Para isso, sua diretoria
decidiu suspender a edição do OVO Nacional e de seus boletins até a data das eleições, para
ter maior envolvimento com o processo.
“Foi um ano em que a gente ficou batalhando ao mesmo tempo pelas reivindicações da