Page 98 - Um Sinal na História - Volume 2
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Um Sinal na HistóriaCom todas essas questões, o SINAL convocou os funcionários
      do Banco Central para uma assembleia que discutiria o seu posiciona-
      mento diante das arbitrariedades do Plano de Cargos e Salários(PCS)
      apresentado pela diretoria do BC. Assim, foi elaborado o manifesto:
      “PCS/92 – A Modernidade Vira Ditadura no BC”. Nele, ficava clara a
      posição do funcionalismo quando dizia que o Plano coroava a estratégia
      do Banco de não negociar com seus funcionários. O documento pedia
      também a imediata revisão do PCS por parte da diretoria da instituição.

             Em fevereiro de 1992, uma boa notícia: o Tribunal Regional do Tra-
      balho reconhecia o direito dos trabalhadores do Banco Central ao pagamen-
      to dos atrasados do Plano Bresser. A informação vinha como um alívio, não
      só pela vitória do funcionalismo, mas pela possibilidade de refresco nas contas
      dos trabalhadores que, como todos os brasileiros, tinha problemas econômicos
98 devido à situação do país. No entanto, o Banco Central não desistiu de adiar o
      pagamento dos atrasados e entrou com recurso no Tribunal Superior do Trabalho
      alegando ilegitimidade da ação.

             Outra boa notícia trazida pelo ano de 1992 foi a casa nova do SINAL. Em março
      o Sindicato recebeu em regime de comodato as novas instalações, uma necessidade que
      surgia devido ao volume de trabalho realizado na entidade. A partir daquele momento,
      ficava acordado e registrado que o SINAL passaria a habitar as salas 1308 a 1310 do pré-
      dio localizado na Avenida Presidente Vargas, 583, no Centro do Rio de Janeiro.

             O mês de agosto de 1992 é um marco na história do país. Com as investigações
      avançando sobre o esquema de corrupção envolvendo o Presidente da República, Fernando
      Collor pede que a nação não o deixe “só” e conclama o povo às ruas. O pedido surte efeito. A
      população se mobiliza, mas, ao contrário do que ele esperava, pedia a sua saída. Os chamados
      “Caras Pintadas” ocupam praças, avenidas e calçadas e se intensifica o pedido de “Fora Collor”.
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