Arquivo de setembro de 2010

Desenvolvimento na carreira em Regionais: é possível?

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Enviado em 22/09/2010 às 13:38

As regionais são postos de aposentadoria ?
Como é a formação de sucessor nas regionais se há pouca motivação/comissão ?
Por que não distribuir melhor as comissões do Banco em todas as regionais e não concentrar somente em Brasília ?

Pablo Saavedra – SINAL Salvador

Re-pensar o “status quo” é preciso!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Enviado em 22/09/2010 às 14:21

Acho esse tema fundamental. Ele nos permite limpar um pouco o entulho que se formou na administração pública a partir das novas metodologias de gestão fundadas no que hoje mistificam como busca de resultados.

Toda essa tendência de aplicar no serviço público a lógica da iniciativa privada tem produzido uma enxurrada de discursos, contratos com consultorias, sistemas de controle, estruturas de controle, carreando para departamentos da moda uma infinidade de cargos, recursos tecnológicos, verbas, etc.

A imagem que melhor define essa nova estratégia de gestão é, caricaturalmente, a de um burrinho acossado por uma cenoura que lhe ameaça os fundilhos e outra que lhe instiga o apetite, que lhe balançam à frente. O que importa são os indicadores de desempenho, as metas a alcançar, os projetos, as estatísticas.

Ocorre que o serviço público não é isso. O servidor público menos ainda. Quando estudamos para um concurso público nos informamos o suficiente para saber o que é ser um representante do Estado. Isso implica princípios, defesa do interesse público, inclusive, quando for necessário, confronto na linha hierárquica para sustentar tais princípios.

Quando cada servidor público se mantém imbuído dessa missão, torna-se um sujeito causado e não um boizinho de presépio, ou um burrinho acossado pela hierarquia ou pela meta. Quando cada servidor sabe a atribuição e os fins públicos a que serve, instala-se no serviço público toda uma rede de pessoas motivadas, comprometidas, cada qual empenhada em fazer o melhor, inclusive controlando os colegas lenientes, interpelando as chefias equivocadas, buscando os objetivos legais aos quais se submete.

Encarar a cultura organizacional no serviço público hoje é esse desafio de resgatar a essencialidade do fim público, do valor do representante do Estado, varrendo essa ideologia sectária e pueril que crê substituir toda a solidariedade humana entre colegas, o comprometimento visceral que um servidor causado tem, por tecnologias de controle, cujo efeito mistificador é a ascenção de uma cúpula de notáveis, falsamente controlando os burrinhos acossados pelas medidas.

Sem levar em conta que se for retirado do servidor isso que é sua essencialidade, restam estatísticas forjadas, índices fabricados, escamoteamentos de resultados, em geral de atingimento de metas que nem sequer guardam relação com os fins públicos. Sem contar o quanto se onera o serviço público com reuniões e mais reuniões, viagens, estruturas para responder as estruturas de controle, sistemas que, em geral, são propostos, desenvolvidos, consomem milhões e são esquecidos sem qualquer préstimo ao serviço público.

Realmente, falar em cultura organizacional passa pelo resgate da autoria, do sevidor público enquanto representante do estado – e isso é uma ética que ultrapassa em muito os tais valores organizacionais hoje tão em moda; implica em devolver ao servidor sua autonomia analítica, o reconhecimento de seus atributos técnicos e de seu alinhamento ideológico com a defesa dos interesses públicos e não da moda da hora.

Afonso Vitor/avitor – Decap BH

Corra que a avaliação de desempenho vem aí…!!!!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Paira no ar uma ameaça a todos os servidores públicos: a malfadada avaliação de desempenho.

Embasamento legal para demissão por insuficiência de desempenho

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19, DE 04 DE JUNHO DE 1998

Modifica o regime e dispõe sobre princípios e normas da Administração Pública, servidores e agentes políticos, controle de despesas e finanças públicas e custeio de atividades a cargo do Distrito Federal, e dá outras providências.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da Constituição Federal, promulgam esta Emenda ao texto constitucional:

Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

 1º O servidor público estável só perderá o cargo:

I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

Propostas de lotação e remoção

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

 Passei alguns anos no BC dos quais posso me orgulhar, como uma ótima escola de vida profissional e oportunidades de um aprendizado ímpar. Algumas experiências tiveram muito a ver com a sua proposta de um local de trabalho melhor: mais democrático, mais justo, mais aprazível, mais saudável; enfim, mais humano. Minha sugestão para a sua área é:  

a) O BC deve procurar conciliar a atividade da pessoa com o setor mais compatível com a sua formação acadêmica e/ou aspiração profissional, sempre primando pela segunda;  

b) todos os funcionários devem ter acesso aos demais locais de trabalho de modo a haver integração e troca de conhecimento; 

 c) os funcionários localizados em setores fechados – MECIR e DESEG – que detenham forte esquema de segurança e localização pouco privilegiada (subterrâneos de pouca luz natural e baixa aeração) devem realizar atividades fora desses setores e a sua permanência nessa localização não deve exceder a 3 anos, salvo se no estrito interesse do servidor;  

d) os gerentes devem ter periodicamente os procedimentos reciclados com intercâmbio e outras atividades e substituídos regularmente, não podendo permanecer no setor por mais de 4 anos. 

Fátima – SINAL-BH 

Temas para reflexão

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Creio ser este um temática fundamental ao exercício das atividades de funcionários públicos que somos.
Todavia, é importante que o Sinal aprofunde temas decisivos na atual estrutura organizacional; senão, vejamos:
1. programas e projetos – Gecom (e seus custos e resultados); Mais (em que pé se encontra, custos e resultados).

2. processos de trabalho – qual o “lixo” burocrático hoje existente? quantas “tarefas” são realizadas desnecessariamente?

3. por que os sistemas de controles são tão abundantes e compartimentados?

4. por que tanto “cacique” para pouca “tribo”?
5. por que a extrema hierarquização na tomada de decisões? não há delegação de competência para assuntos corriqueiros; por que? e as relações de trabalho tão “travadas”, “autoritárias” e “desconfiadas”?
Idalvo Toscano – SINAL – SP   

Como lidar com chefes tóxicos

terça-feira, 21 de setembro de 2010

http://vocesa.abril.com.br/edicoes/0133/aberto/materia/mt_482359.shtml

Reportagem da revista Você S/A – nº 133 - julho de 2009

Especialistas em recursos humanos, executivos e leitores da VOCÊ S/A dizem por que empresas toleram profissionais destrutivos e como não se deixar contaminar por eles

Por FERNANDA BOTTONI

Um chefe tóxico contamina todo o ambiente com seu comportamento. Ele é aquele que nega, com atitudes, os valores da empresa em que trabalha. Ele não conhece o limite que separa a pressão por resultados da falta de respeito pela equipe. Ele desrespeita as pessoas no tom de voz, no discurso, no excesso de centralização e na incapacidade de fazer com que elas cresçam. A especialidade do chefe tóxico é dar ordens, sem se preocupar com o coletivo. A ele falta a capacidade de liderar e inspirar pessoas. Um chefe assim não é modelo para ninguém. Ele não atrai nem retém os melhores talentos na própria equipe porque simplesmente sufoca e anula o que seus funcionários têm de melhor. Quem tem um chefe tóxico conhece os estragos que essa relação pode trazer para a saúde, para a carreira e até para a empresa que aceita esse tipo de comportamento. Contudo, tanto quem responde para um profissional com esse perfil quanto quem só ouviu dizer que ele existe não entende muito bem por que, afinal, as empresas ainda toleram essas pessoas. Para responder a essa pergunta — e também para apontar o melhor caminho para quem não quer ser envenenado por um chefe assim — VOCÊ S/A reuniu, no mês passado, especialistas em gestão de pessoas, executivos e leitores da revista para discutir o assunto. Você pode ver quem é cada um dos convidados nas páginas anteriores. O resultado da discussão você confere ao longo desta reportagem. Nas laterais das páginas, em verde, você ainda encontra a sugestão dos especialistas para resolver casos reais de chefes tóxicos relatados por leitores no Malhe Seu Chefe, do site da VOCÊ S/A.
DILEMAS NOCIVOS
Para começar, a resposta dos convidados à nossa questão inicial é que chefes nocivos são mantidos nas empresas por dois fatores principais: o resultado que entregam e a invisibilidade que suas toxinas podem ter para quem não está sob o mesmo guarda-chuva. “As empresas toleram pessoas com comportamento inadequado porque elas entregam resultados no curto prazo”, diz Felipe Westin, diretor da área de desempenho organizacional da Right Management. “O que ocorre muitas vezes é que, com a desculpa de buscar resultados a qualquer custo, os chefes ultrapassam a linha tênue que separa a pressão por resultados do desrespeito à dignidade humana”, diz Marco Tulio Zanini, professor da Fundação Dom Cabral, de Minas Gerais. “Avançar essa linha é inadmissível em qualquer circunstância.” O problema é que os limites de conduta se tornam ainda mais frágeis em um ano de crise econômica. Segundo um estudo da consultoria McKinsey, mais de 80% dos executivos reportam que as empresas onde trabalham estão mais focadas em resultados de curto prazos, mais rigorosas a aprovação de custos e ainda passaram a controlar as atividades com maior frequência. É o cenário ideal para a ocorrência de abusos, conscientes ou não. Há uma boa notícia, no entanto. Apesar de toda competitividade e guerra para crescer, as companhias começaram a perceber que acolher pessoas tóxicas nem sempre é bom negócio. “Antigamente, os funcionários eram avaliados apenas pelo resultado que alcançavam. Hoje, o comportamento também compõe a avaliação de desempenho”, diz Felipe, da Right. “A promoção de um profissional depende também de sua atitude e da forma como lida com as pessoas.” Basicamente, as empresas começam a perceber que, no longo prazo, os chefes tóxicos geram destruição. “As companhias aprendem que os resultados apresentados por esses profissionais não são sustentáveis”, diz Maria Lúcia Ginde, diretora de recursos humanos da Kimberly-Clark. A falta de sustentabilidade a que ela se refere está relacionada à continuidade do negócio e também das equipes. Um dos maiores sintomas da contaminação do ambiente, aliás, é a perda dos melhores profi ssionais de uma equipe. Um chefe tóxico não é capaz de reter talentos — um recurso caro para as empresas. “Mesmo que tenha funcionários capacitados, um chefe desses tem o dom de desmotivar um a um, utilizando as ideias do grupo para se autopromover”, diz Thiago Grossi, de 29 anos, coordenador de suprimentos corporativo da International Paper. “Felizmente, hoje em dia, a sociedade está mandando para dentro das organizações pessoas que não deixam que façam com elas o que outras gerações deixaram”, diz Rolando Pelliccia, diretor do Hay Group.

CHEFE OU LÍDER

“Quem tem um cargo de chefi a e não sabe liderar não vai alcançar resultados no longo prazo”, diz Rodrigo Drysdale, diretor de marketing da Warner Bros. Para ele, o que difere o chefe do líder é que o primeiro dá as ordens e o segundo sabe motivar e serve de exemplo para toda a equipe. “O chefe tóxico traz resultados a qualquer custo, pensando no curto prazo e muitas vezes comprometendo o longo prazo”, diz Claudia Elisa Soares, diretora de RH do Grupo Pão de Açúcar. Por outro lado, o líder é aquele que inspira, que obtém resultado fazendo com que todos deem o melhor de si numa relação de ganha-ganha com a empresa. Para Rolando, do Hay Group, o ideal para qualquer companhia é ter o chefe e o líder na mesma pessoa. “Para o RH, é uma decisão difícil abrir mão de um funcionário que entrega. Mas chega um momento em que é inevitável”, diz Maria Lúcia, da Kimberly. “Já vivi isso muitas vezes. A opção por demitir esse tipo de pessoa ocorre quando a empresa enxerga a destruição que ela causa”, diz.

VENENO INVISÍVEL

O que ocorre muitas vezes é que as organizações demoram demais para perceber a estruição causada por maus gestores. Nem sempre o veneno é visível a ponto de incomodar quem não está sob o mesmo guarda-chuva. É a tal da invisibilidade o segundo fator que leva muitas companhias a tolerar pessoas com esse perfi l de comportamento. Em casos assim, quem se sente prejudicado precisa dar sinais claros da sua intoxicação. Uma atitude difícil — e arriscada — em grande parte dos casos. Luciara Batista Lubrand, de 25 anos, que o diga. Formada em pedagogia, ela trabalhava havia três anos numa grande instituição financeira quando decidiu dar um feedback ao seu gestor antes de sair de férias. “O clima na agência estava insuportável e eu achei melhor dizer isso ao chefe. Quando voltei ao trabalho, fui demitida”, diz Luciara, que trabalhava como assistente da gerência. Embora não tenha surtido o resultado esperado, a atitude que Luciara tomou, de tentar uma comunicação direta e franca com o gestor, é a mais recomendada pelos profi ssionais e especialistas que participaram da mesa-redonda e ouviram o seu relato. Os nove participantes foram unânimes ao dizer que os profi ssionais que querem aprender a lidar com um chefe tóxico devem tentar estabelecer um diálogo sincero — e cheio de tato — com ele. “Eu já dei um feedback a um gestor e o resultado foi positivo para todos. Foi o contrário do que ocorreu com a Luciara”, conta Thiago, da International Paper. “Muitas vezes o chefe não sabe que está fazendo mal para uma equipe,” diz Rodrigo, da Warner Bros, que também já sofreu nas mãos de um chefe tóxico, que chefi ava pelo terror, e não pela motivação. Claudia Elisa, do Grupo Pão de Açúcar, concorda: “Conheço muito gestor que não tinha noção do impacto que causava nas pessoas até que alguém tomou coragem e falou para ele”.

GESTÃO DE RISCO

Claro que, antes de tomar a decisão de falar com o chefe tóxico sobre a destruição que ele causa, você deve considerar os riscos que corre. Quando se trata de uma pessoa com esse perfil, é grande a possibilidade de você sofrer uma retaliação, como a que Luciara recebeu Avalie seus propósitos e seus objetivos. Vale a pena investir num diálogo que possivelmente será desgastante para tentar reverter a destruição que seu chefe causa? Você realmente quer continuar na equipe, na área e na empresa? Se estiver numa companhia pequena, com poucas chances de crescer e tiver performance acima do padrão dela, é melhor nem pagar para ver. Para esse caso a recomendação é, de cara, buscar uma recolocação. Se, ao contrário, você achar que vale o esforço, a recomendação é dizer cuidadosamente como o comportamento do chefe tem impacto sobre você — pessoal e profissionalmente. A conversa deve ser cautelosa e baseada em fatos. Não vá apenas com impressões. Reúna exemplos do comportamento do chefe e do desgaste que ele gerou.

FALTA DE CONFIANÇA

Embora seja a recomendação número 1 dos especialistas, nem sempre é viável falar diretamente com um chefe tóxico sobre os problemas que seu comportamento causa. Além disso, nem sempre uma conversa difícil como essa surte algum resultado. “Se o gestor não estabelecer confi ança com a equipe, dificilmente alguém vai ter abertura para uma conversa dessas”, diz Marcelo de Lucca, diretor da Michael Page, empresa especializada em recrutamento de executivos. Para casos assim, a recomendação é recorrer aos canais de denúncia anônima, que muitas empresas mantêm para apurar casos de mau comportamento. “As denúncias são encaminhadas à área de RH, que tem o papel de guardiã da cultura e dos valores da companhia”, diz Claudia Elisa, do Grupo Pão de Açúcar. Depois de averiguar a denúncia, o RH deve buscar o gestor do chefe denunciado para obter informações. “Perguntamos se ele já notou alguma coisa. Normalmente, ele já tem conhecimento da „toxicidade‟ do funcionário”, diz ela. Se a denúncia anônima também não surtir resultados, ou se a empresa não tiver um canal desse tipo, talvez seja o caso de levar o problema à área de recursos humanos. Essa possibilidade existe desde que o RH da sua empresa seja de fato uma área preocupada com o bem-estar das pessoas. Se ainda for um setor burocrático, nem adianta considerar a ideia. “Em muitas empresas, o RH ainda cuida da folha de pagamento e não tem poder para encarar um problema assim, que prejudica a empresa como um todo”, diz Felipe Westin, da Right. Se não houver opção, há a possibilidade de levar o problema diretamente ao chefe do seu chefe. Essa decisão pode ser ainda mais arriscada do que a primeira — a de falar diretamente com o tóxico. Não basta ter tato para conduzir a conversa. É essencial avaliar a cultura da organização, saber se ela aceita que um funcionário tome esse tipo de atitude. “Fazer um bypass no Brasil é muito complicado, porque quebra a lealdade, prejudica a imagem”, diz Felipe, da Right Management. “No Brasil, as relações são baseadas em lealdade pessoal, não em confi ança. Quando você toma uma atitude dessas, quebra a lealdade e passa a ser visto com desconfi ança”, diz Marco Tulio, da Fundação Dom Cabral. Quanto mais hierarquizada for sua corporação, maiores são as chances de essa atitude ser mal interpretada. Em ambientes informais ela tem mais chances de ser bem aceita.

PROMOÇÕES TORTAS

De qualquer forma, antes de fazer esse movimento, vale lembrar que, muitas vezes, seu chefe chegou à posição que ocupa pelas mãos do gestor dele. Ou seja, ao demiti-lo, o gestor do tóxico deve assumir que errou. “Se for esse o caso, o gestor pode tentar proteger o tóxico para não demonstrar sua incompetência na escolha e na promoção desse profi ssional”, lembra Felipe, da Right Management. O erro de promover excelentes técnicos a cargos de chefia é mais comum do que imaginamos, mesmo em grandes empresas. Muitas vezes, as companhias promovem as pessoas antes da hora, pelo potencial que têm. Depois, precisam correr atrás de treinamento para que elas desenvolvam competências de liderança e gerenciamento de pessoas. “Eu mesma já recrutei pessoas erradas para cargos de liderança e tive de demitir depois. Errei também porque demorei para demiti-las”, diz Maria Lúcia, da Kimberly-Clark. “Muitas vezes uma promoção errada faz com que a empresa perca um excelente técnico para ganhar um péssimo gestor”, diz Marcelo, da Michael Page.

NINGUÉM NASCE GERENTE

Qualquer que seja o meio de denúncia utilizado, o primeiro objetivo do profi ssional é fazer com que esse chefe receba um feedback e mude seu comportamento. Mas será que um tóxico tem recuperação? Segundo Rolando, do Hay Group, depende do tipo de veneno. “Se o mau comportamento for baseado em atitudes antiéticas, esse indivíduo não tem recuperação e não deve ter outra oportunidade.” Comportamento que cria assédio sexual é outro que não tem salvação. “Minha experiência mostra que, no máximo, 10% ou 20% das pessoas que têm problemas sérios de comportamento conseguem mudar”, diz Felipe, da Right Management. Quando se trata apenas de um gap de competência do chefe, a situação pode ser reversível. Por exemplo, quando ele é uma pessoa de confi ança e até é bem intencionada, mas não deixa os subordinados crescerem — o que é um comportamento tóxico —, essa característica pode ser revertida com treinamento e coaching. Segundo Maria Lúcia, da Kimberly- Clark, cabe ao RH oferecer apoio.

FIM DE CASO

Se você já tentou de tudo, se já demonstrou sua insatisfação e os impactos do mau comportamento de seu chefe e não obteve retorno — ou até conseguiu retorno, mas não viu a situação mudar —, é mesmo hora de buscar uma recolocação. Uma boa estratégia pode ser a de definir — e comunicar — um prazo limite. “Diga a seu gestor, ou ao RH, que você está disposto a esperar mais três meses por alguma mudança. Deixe claro que, se nenhuma mudança ocorrer, sua saída será inevitável”, diz Claudia Elisa, do Grupo Pão de Açúcar. “Quem entrega resultados e se sente intoxicado pelo chefe deve sair debaixo dele o mais rápido possível”, diz Marco Tulio, da Fundação Dom Cabral. O alerta é para o bem da sua carreira e também da sua saúde. Se demorar demais, você poderá acabar viciado.

“Chefe tóxico é quem vai atrás do resultado certo da forma errada.” CLAUDIA ELISA SOARES, diretora de RH do Grupo Pão de Açúcar

“É o individualista que só se preocupa com o próprio resultado.” FELIPE WESTIN, diretor da Right Management

“Quem acha que as pessoas são descartáveis e substituíveis.” LUCIARA BATISTA LUBRAND, leitora da VOCÊ S/A

“Aquele que atinge metas apesar das pessoas, e não por meio delas.” MARCELO DE LUCCA, diretor executivo da Michael Page

“Quem não sabe o limite entre a pressão e o desrespeito.” MARCO TULIO ZANINI, professor da Fundação Dom Cabral

“Felizmente é uma espécie em extinção nas grandes empresas.” MARIA LÚCIA GINDE, diretora de RH da Kimberly-Clark

“É quem só dá ordens, chefia pelo terror, e não pela motivação.” RODRIGO DRYSDALE, diretor de marketing da Warner Bros

“Quem nega os valores da empresa com o próprio comportamento.” ROLANDO PELLICCIA, diretor do Hay Group

“Aquele que sufoca e não deixa nenhuma pessoa atingir os resultados.” THIAGO GROSSI, leitor da VOCÊ S/A

Vamos participar pessoal

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Parabéns ao Sinal que já há algum tempo vem se preocupando com o que pensa o filiado.

Agora só falta os filiados começarem a se manifestar em apoio ou contra aquilo que acham que deve ou que não deve ser feito pelo Sinal.

Vamos lá pessoal!

José Manoel Rocha Bernardo – SINAL Brasília

Caro Ricardo

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

“Caro Ricardo,

inicialmente, meus cumprimentos por assumir a relatoria de discussão de tão fundamental importância dentre os temas da AND de Florianópolis, que é a cultura organizacional no BC e a defesa dos filiados pelo SINAL.

Começo a discussão, por um processo, senão uma política de gestão que vimos assistindo no BC nos últimos anos, totalmente em desalinho com a sociedade democrática na qual a Autarquia atualmente se insere: que é a utilização pelos administradores de instrumentos institucionais, via Corregedoria e Comissão de Ética, a seu bel prazer e evidentemente com o uso de recursos públicos, para reprimir ações e manifestações de servidores que julguem não coadunar com o que imaginam ser o melhor para a instituição e, por extensão, para a sociedade brasileira.

Já temos vários casos nesse sentido (pelo menos 1 em SP, 2 em BSB e 1 em BH), em que há uma reação institucional violenta e totalmente desproporcional ao fato da qual se origina, num completo desrespeito à jovem porém consolidada democracia brasileira, à pluralidade de pensamento e ao princípio da impessoalidade na administração pública.

Não raro são utilizados, nesses casos, os instrumentos institucionais, sem regrar o gasto público, para inibir críticas a atos administrativos, quando não para satisfazer rivalidades individualizadas e promover acertos de contas pessoais.

Proponho que se leve à Plenária da 24ª AND do SINAL uma minuta de diretriz para que o Sindicato catalogue todos os casos da espécie no BC junto à Dirad/Corregedoria/Comissão de Ética, no intuito de construir estratégia que iniba definitivamente a administração de dar continuidade a procedimentos da natureza, que, mais do que processos, estão se transformando numa verdadeira política de gestão.

Boa sorte na coordenação da discussão.”

MARIO GETULIO VARGAS ETELVINO – SINAL BH