Page 94 - UM SINAL NA HISTÓRIA
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Um Sinal na Históriasociedade do tipo Asbac ou Centrus, com características específicas de lazer e de
previdência complementar, com os objetivos de uma associação voltada para as
questões profissionais.” (Linha Direta, no 51, agosto/1986)
Nesse contexto, surgiu em Brasília uma proposta de estatuto para
uma associação de funcionários, que, entre outros quesitos, apontava
para a defesa institucional, no caso de ataques por parte da imprensa, por
exemplo. Para o funcionalismo, aquela proposta não contemplava seus
anseios quanto aos objetivos de uma entidade representativa.
Em entrevista ao Jornal Espelho, Flávio Ramos, que ingressou no Banco
em 1967 e foi presidente da AFBC-RJ, falou sobre essa iniciativa:
“Quando, há cerca de quatro meses teve início o processo que culminou com a fundação
da Associação, surgiu um projeto de estatuto lançado por um grupo de poucos funcionários
94 que trabalham em Brasília – os quais ficaram conhecidos como ‘grupo dos dez’ ou ‘grupo dos
notáveis’. O corpo de funcionários rejeitou tal proposta, que não contemplava nossas aspirações.”
(Espelho, jan-fev/1987).
Sergio da Luz Belsito, que à época era funcionário da área de Fiscalização, conta
que soube, em conversas com colegas, que a direção havia encomendado um trabalho
sobre representatividade dos servidores do Banco Central. Houve reuniões, com a par-
ticipação de funcionários de vários setores, incluindo Belsito no Rio de Janeiro. “Nosso
objetivo era discutir qual seria uma entidade representativa, como poderia ser feito e para
quem ela serviria”, lembra.
Segundo Belsito, as discussões eram principalmente sobre o perfil do servidor do
Banco Central, e sua representação. A seu ver, essas conversas serviram para despertar alguns
funcionários para a questão da necessidade de uma entidade que intermediasse as negociações
com o Banco.