Page 89 - UM SINAL NA HISTÓRIA
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“Eu coloco a situação do Banco Central
dentro dessa grande luta pela liberdade,
pela demo­cracia, pela participação. Tanto
é que várias correntes foram formadas.
Uma delas era transformar a Asbac. Outra
corrente era formar uma associação civil
sem fins lucrativos a partir de propostas do
OVO. Fazer algumas associações regionais,
de caráter civil, sem fins lucrativos, pra
chegar ao sindicato, pra chegar a uma
organização de luta trabalhista incorporada
a uma organização”, analisa Carlos Vitor
Delamônica, da regional de Belo Horizonte.

      Naquele momento, represent­ an­tes          89
de diferentes categorias movimentavam-
se para garantir um assento nas discussões        Movimentos políticos e reivindicatórios dos funcionários do Banco Central
da Assembleia Constituinte. Entre os
bancários no Rio de Janeiro, havia candi-
datos: Cyro Garcia, Ivan Pinheiro e Ronald
Barata, que poderiam representar a catego-
ria como um todo e lutar por seus direitos,
inclusive a sindicalização, por conhecerem
os problemas do funcionalismo do Banco
Central. Essa era a posição, por exemplo,
de Paulo Roberto de Castro (1954-2003),
que foi funcionário da regional do Rio de
Janeiro e também protagonista fundamen-
tal dos movimentos reivindicatórios dos
funcionários do Banco Central.
Entrevista com os bancários e sindicalistas Cyro
Garcia, Ivan Pinheiro e Ronald Barata, que
pleiteavam participação na Assembleia Nacional
Constituinte (Espelho, 1985)
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