Page 67 - UM SINAL NA HISTÓRIA
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os associados impuseram derrota à proposta do Conselho, por 2.502 votos contra 2.115.
No calor desse debate e estimulado pela UNTBC, emergiu o “Movimento por Democracia
e Independência na Asbac”, que defendia abertamente que a associação assumisse o papel
de representar os funcionários junto à direção do Banco. A proposta dos idealizadores da
DI, como era conhecido o movimento, era aproveitar a amplitude de associados da Asbac,
uma vez que a filiação era obrigatória, e sua atuação nas diferentes regionais do Banco
Central, para democratizar a entidade e transformá-la em porta-voz das reivindicações dos
funcionários.
Atuando à frente da Asbac-BH, Carlos 67
Vitor Delamônica era um dos que defendia
essa proposta. “Cheguei a ser presidente da Movimentos políticos e reivindicatórios dos funcionários do Banco Central
associação dos servidores do Banco Central
e, a princípio, tive a ideia de que se poderia
transformar a Asbac, separando do Banco,
em um sindicato. Minha tese inicial, e meu
movimento inicial, foi aproveitar a estrutura
existente, a vida associativa e comunitária que
nós formamos nacionalmente, com sedes já
instaladas em todas regionais, de Belém do Pará
a Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e com
ampla participação de servidores novos que
tinham ingressado recentemente, porque os
antigos foram gradualmente aposentando-se”,
explica Carlos Delamônica.
Carta aberta assinada por Carlos Vitor Delamônica, um dos mem- Assim como a proposta incentivada
bros do Movimento por Democracia e Independência na Asbac anteriormente pela UNTBC, os integrantes
da DI defendiam a eleição direta para todos