Page 68 - UM SINAL NA HISTÓRIA

Um Sinal na Históriaos membros do Conselho da Asbac. Essa aspiração ia também ao
encontro do pleito existente no Brasil naquele início dos anos 1980,
quando os cidadãos clamavam por eleições presidenciais diretas.
Além disso, o movimento DI pugnava também pela inclusão, entre
os objetivos da Asbac, de representação junto ao Banco Central – na
intenção de construir, de fato, uma entidade representativa.

O Boletim Nacional Democracia e Independência na Asbac lembra do es-
pírito do grupo no início de sua organização:

“Desde seu surgimento, DI tem contato com o mais entusiástico e decidido apoio
de todos quantos colocam como objetivo a constituição de uma Asbac forte e representativa.
Apoio vindo das mais variadas direções: da UNTBC, de diretores e ex-diretores de Asbacs e
de colegas que não tinham nenhuma participação anterior, mostrando que a ideia de democracia
e representatividade reflete um anseio e uma necessidade dos funcionários.” (Democracia e
68 Independência na Asbac, boletim nacional no 2, abril/1984)

No sentido de concretizar as propostas em favor da democratização da Asbac,
foi deflagrada uma campanha pela mudança no estatuto da associação. Mais uma vez, a
mobilização dos funcionários conseguiu reunir as assinaturas necessárias para convocar
uma AGE. Nessa ocasisão, 1.556 funcionários firmaram o requerimento.

A solicitação foi entregue ao presidente do Conselho da Asbac em janeiro
de 1983, dois meses antes das eleições. Após assumir o compromisso de submeter a
proposta aos associados, o presidente entrou em férias. Seu substituto, conforme relatado
no Boletim Especial Democracia e Independência na Asbac de fevereiro de 1983, desconsiderou
o encaminhamento anterior e postergou a convocação da AGE. O motivo alegado era a
necessidade de se respeitar o direito das chapas já inscritas conforme as regras anteriores.

Como consequência, os integrantes da DI chamaram um boicote às eleições para o Con-