Page 25 - Um Sinal na História - Volume 2
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o Sindicato de Bancos. De fato, a ideia de que a greve seria mais forte com uma categoria nume-
 rosa e forte, contraditava com o desfecho da greve dos bancários, pois esse não se dava com a
  mesma força do seu início. Eram firmados vários acordos independentes e geravam respectivas

   saídas da greve dos segmentos contemplados. O desfecho da greve no Banco Central contaria
    mesmo com a sua própria força. A relação de poder – com quem se negocia e se firma o
     respectivo acordo - foi um dos pilares que levou a escolher o sindicato Próprio.

     Com as mudanças trazidas pela Constituição, eram muitas as dúvidas que pairavam
nas cabeças daqueles que, até então, se consideravam da categoria “bancários”. Por isso,
 em 18 de outubro de 1988, a Associação dos Funcionários do Banco Central (AFBC)

  faz circular um informativo que ajuda com questões fundamentais para entender a di-
   ferença entre filiar-se ao Sindicato dos Bancários e a escolha por um sindicato próprio
    da categoria.

     Entre as questões principais está a data-base dos funcionários. Muitos acre-                25
ditavam que, ao se filiar ao Sindicato dos Bancários haveria uma mudança na data
destinada para a correção salarial e para a discussão e revisão das condições de                 História do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (1988-1998)

  trabalho fixadas em acordo ou dissídio coletivo. No entanto, o informativo da
   AFBC mostra que a nova Constituição determina que todos os funcionários
    públicos devem ter reajuste na mesma data, sem pré-estabelecer qual. “A data-

     -base não é prerrogativa de uma categoria ou sindicato”, explica o documento.
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