Page 107 - Um Sinal na História - Volume 2
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Ao longo de sua história o Banco Central esteve várias vezes na grande imprensa, justo, ou
não, de modo depreciativo.

     1993 é o ano em que a expressão “Trem da Alegria”, reutilizada pela mídia, ficou asso-
ciada à imagem do Banco depois da denúncia, sem fundamento, de que 1600 funcionários
 teriam sido absorvidos pela instituição sem concurso público. A informação foi negada

  pelo então Diretor Administrativo do BC, Carlos Eduardo Tavares de Andrade, já que
   os funcionários, vítimas dessa denúncia, entraram no Banco Central em 1976 através de
    concurso público, apenas ascenderam, dentro da instituição a qual já pertenciam, através

     de curso de capacitação.

     O processo seletivo teve edital publicado no Diário Oficial de 04 de novembro               107
de 1975 e fazia parte do projeto de contratação de funcionários para uma categoria
 que veio a ser, posteriormente, denominada “Categoria Isolada”. A diferença em                  História do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (1988-1998)

  relação aos demais que já trabalhavam na instituição é que esses novos funcionários
   entraram sem que tivessem a possibilidade de ascensão funcional, ou seja, não ti-
    nham planos de carreira. Em 1989, a portaria 196 estabeleceu o enquadramento

     e a promoção de todos esses funcionários, resultado da luta de vários anos que
      contou também com a mobilização de integrantes das demais carreiras.

     No bojo da repercussão na mídia de outros assuntos do Banco Central,
o Presidente da República, Itamar Franco, classificou o Banco Central como
 uma “caixa preta” da economia brasileira. Reza a lenda que Itamar chegou

  a ligar para o BC para perguntar o valor das reservas em dólar do governo
   e obteve como resposta que a informação era sigilosa. Alimentadas pela
    “ira” do Presidente contra a instituição, denúncias contra o Banco sur-

     giam nos jornais.
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