Page 51 - UM SINAL NA HISTÓRIA
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aumento real semestral, por índice a ser definido posteriormente; auxílio-educação de 100% dos gastos
comprovados até o 2o grau e 80% para nível superior; e pagamento de férias em dobro.
Sobre creche, o documento apontava as seguintes demandas: urgência na implantação de
benefício creche até 6 anos de idade; extensão a todos os funcionários, sem qualquer distinção;
definição do sistema de creche pelos funcionários de cada regional; e verba individual no valor
de dois salários mínimos, para cada funcionário com filho entre 0 e 6 anos, até a implantação
do benefício.
Os participantes do 1o ENF decidiram também criar a Comissão Nacional dos
Funcionários do Banco Central, para executar as deliberações do encontro. Entre suas
atribuições estava a implantação das campanhas definidas nesse ENF e a preparação do
segundo encontro. Ficou definida ainda a criação de uma Comissão Executiva do ENF,
em caráter temporário, para apresentar à Direção do Banco as propostas surgidas no
encontro.
Nesse ENF, o jornal OVO se consolidou como veículo de mobilização e de 51
discussão, e ampliou seu status nacional, já presente em seu conteúdo, gerando o
OVO Nacional – Jornal livre e aberto dos funcionários do Banco Central. A nova publicação Movimentos políticos e reivindicatórios dos funcionários do Banco Central
foi definida como instrumento da Comissão Nacional dos Funcionários, com o
objetivo de divulgar artigos de cada regional do Banco, resultantes de expressão
organizada. As despesas de publicação eram pagas com recursos do Fundo
Nacional dos Funcionários, formado a partir do valor de assinaturas e da
arrecadação de contribuições.
As deliberações do 1o ENF apontaram também para a perspectiva
de criação de uma Associação Nacional Livre (ANL), o que representava
um novo patamar de organização dos funcionários do Banco Central.
As bandeiras defendidas naquela ocasião indicavam o embrião de uma
entidade formalizada, que representasse o funcionalismo na luta por
uma série de reivindicações.