Page 137 - UM SINAL NA HISTÓRIA
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à Categoria Isolada foi preciso um junho inteiro de lutas”. Conquistamos o 2º concurso interno e a luta
continuava forte pela conquista de carreira.
Na luta pela representatividade, muitos queriam que fosse a Asbac, e havia muitos
que entendiam que deveria ser o Sindicato dos Bancários. Muitos de nós, principalmente do
movimento DI, também queríamos a filiação aos Bancários, mas entendíamos que, para
nos sindicalizar, dependíamos da derrubada do art. 566 da CLT. Foi realizado um ENF em
Brasília (BSB) em abril/85. Os principais resultados foram as lutas pela antecipação salarial
de 25% (que, após mobilização, foi concedida em julho/85), a proposta de mudança de
estatuto da Asbac e a campanha pela sindicalização.
Colegas do BNH, da Caixa Econômica, do BNDES, e outros, nos procuravam
para somarmos forças na busca pelo direito à sindicalização. O Sindicato dos Bancários-
RJ, sob a liderança de Cyro Garcia, nos apoiava política e materialmente. Participamos
de caravana rumo ao Encontro Nacional de Bancários, em Campinas, por conta da 137
campanha salarial da categoria.
Movimentos políticos e reivindicatórios dos funcionários do Banco Central
Em set/85 foi convocada AGE que decidiria os rumos da representatividade
no BC. A proposta 1 – sindicalização – foi defendida principalmente pelos
membros da Comissão Aberta de Mobilização dos Funcionários de BSB, com
o argumento de que sua entidade representativa era o Sindicato dos Bancários.
Essa proposta também foi defendida pelo chamado Sindchefe, formado
por diversos comissionados da sede e regionais. A proposta 2 – Asbac
representativa – foi defendida por muitos colegas ligados às Asbacs e por
membros da DI, cujo argumento principal era o de que precisávamos de
uma entidade para negociar com o BC, tendo em vista que o Decreto-Lei
2065/83 (sobre a livre negociação dos salários a partir de ago/88) estava
em vigor, e o direito à sindicalização poderia demorar.