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RIO 2016
Além de apaixonado pelos Jogos, Danziger,
conta, teve o privilégio de ver em ação grandes
profissionais de modalidades que exercita no
cotidiano. “Exatamente o que queria, já que
pratico de forma amadora a corrida e natação
em águas abertas. Sou interessado em espor-
tes, não pela competição em si, mas pela me-
lhoria na saúde de quem pratica”, ressalta.
O voluntário destaca como episódio mais mar- Ricardo Danziger, à esquerda
cante na vivência da Rio 2016 o auxílio aos
triatletas nas Paralimpíadas. Na ocasião, foi Legado
alocado na equipe de “swim exit handlers”
(manipuladores de saída de natação, em tra- Além de boas histórias a contar, fica a sensação de dever
dução literal), grupo que executa o transporte cumprido. Enquanto Danziger enfatiza a “gratidão” por ter
de atletas do mar para a área de preparação das feito parte do maior espetáculo desportivo do mundo, sem
provas de ciclismo. “Gratificante”, classifica. precedentes na história do país, Manhães olha para o futu-
ro e projeta um novo desafio. “Valeu muito a experiência.
Aperte o cinto! Já havia participado como voluntário no Pan-americano de
2007 (também no Rio de Janeiro). Enfim, foi fantástico e
Traslado em carro de golfe por um trajeto de muitos já sonham em participar dos Jogos Olímpicos de
500 metros. Tarefa simples e segura, a princí- Tóquio (em 2020)”, finaliza.
pio. Não para um árbitro desprevenido e um
piloto inexperiente. Apesar dos veículos não
desenvolverem alta velocidade, possuem certo
arranque, sendo necessária uma adaptação aos
motoristas.
“Em uma das primeiras viagens, um dos ár-
bitros sentou-se no banco de trás, em que o
passageiro fica virado ao contrário. Avisei que
ia sair, mas ele não se segurou e ao sair, acabou
caindo no chão”, recorda. Apesar da queda,
tudo não passou de um susto e, até o fim do
evento, as risadas foram garantidas.
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