Page 28 - UM SINAL NA HISTÓRIA
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Um Sinal na Históriaplano de carreira para aqueles concursados, pedido aceito pouco
tempo depois pela diretoria do Bacen, segundo Flávio Ramos.
“Por volta de 1969, superados os estágios probatórios, ocupando
espaços, exercendo funções específicas para as quais haviam sido
selecionados com rigor, esses jovens verificavam que o futuro não
oferecia caminho de desenvolvimento e ganho profissional compatível
com seus esforços e dedicação”, observa Marly Guedes, integrante da
primeira turma de concursados do Banco Central na regional do Rio
de Janeiro. Ela lembra que “muitos desses jovens faziam parte de outros
movimentos organizados, buscando o retorno da democracia e da liberdade
de expressão no país e já sabiam que, em instituições, jamais se deve agir
ou reivindicar algo sozinho, sob o risco de ser facilmente anulado, vencido,
descartado.”
28 Dois anos após a entrada dos primeiros aprovados no concurso, a Direção
do Banco publicou resolução referente à estruturação de um plano de carreira
próprio, aprovado pelo Conselho Monetário Nacional, e implementada pela Portaria
nº 34, de 1970, com vigência a partir de 12 de novembro de 1969.
Nesse primeiro plano, o Banco Central definiu as seguintes carreiras: Auxiliar
da Administração Básica - Nível I; Auxiliar da Administração Intermediária - Nível II;
Assistente da Administração Superior – Nível III; Advogado; Economista; Contínuo; e
Servente. Os postos estruturavam-se em diferentes categorias – algumas com promoções
automáticas e/ou por merecimento, outras com acesso mediante classificação em curso de
capacitação e treinamento.
O plano determinou formas para enquadramento dos servidores da antiga Sumoc de
carreiras extintas (Auxiliar de Codificação e Perfuração, Escriturário, Estenógrafa e Operador
de Hollerith), e também para outros cargos extintos, como Auxiliar de Advogado.