Page 105 - UM SINAL NA HISTÓRIA
P. 105
funcionalism o foi heroico. Eles preferiam pagar do bolso o custo de um tratamento a filiar-se ao
programa do diretor de administração”, lembra Paulo Eduardo de Freitas. Após intensa mobili-
zação, em menos de um ano o programa foi modificado em favor dos funcionários.
Em dezembro de 1987, um ano após sua fundação, a AFBC congregava em seu quadro de 105
filiados mais de 90% de funcionários do Banco Central. Em entrevista ao jornal Espelho (dez/1987),
Movimentos políticos e reivindicatórios dos funcionários do Banco Central
Paulo Roberto de Castro, então diretor de Relações Externas da AFBC, falou sobre a estruturação
da entidade àquela altura:
“Sem nenhuma modéstia, estamos construindo uma enti-
dade forte para entregarmos aos nossos sucessores uma associação
bem montada, com mais de 90% de filiados, participação essa que
não existe em qualquer outra associação representativa. Temos o
respeito da Diretoria do Banco e da sociedade. Sem usar de retóri-
ca, a AFBC é a associação de funcionários mais forte do Brasil
do ponto de vista da participação do universo de funcionários e do
ponto de vista financeiro. E mais: tem um funcionalismo que resga-
tou em um ano uma postura que vinha sendo amordaçada durante
muito tempo e hoje voltou a ter a cabeça erguida e a moral elevada
para intervir nas decisões administrativas; esperamos para breve
também nas questões técnicas – com muita consciência e firmeza.”
(Espelho, nº 52, dezembro de 1987).
O presidente do Banco Central, Fernão Bracher recebe a Em seu primeiro ano de atividades, a AFBC pro-
pauta de reinvindicações moveu duas campanhas salariais, ambas vitoriosas, uma
delas fora da data-base, em março de 1987. Houve tam-
bém mobilização pela manutenção da previdência pri-
vada (Centrus). Outras conquistas foram a equiparação
das tabelas do PGBS às do Faspe, com melhoria na as-
sistência médica, e a extensão a 532 funcionários do per-
centual referente à prorrogação do expediente, que havia
sido extinto pela Portaria 164.