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externas, cumprindo suas obrigações perante o país. (...) Transpa-
rência, traduzida na obrigação de a diretoria do BC explicitar-se, de
imediato, perante os poderes da República, a real situação do Sistema
Financeiro”, afirmou.
O texto do presidente do SINAL, à época, vem junto com um mo-
vimento que começou a questionar funções do BC, como no caso em que
o presidente do Órgão, Gustavo Loyola, assim como alguns ex-presidentes,
afirmavam que a fiscalização realizada pelo Banco Central era ineficiente.
A defesa de um Banco Central autônomo sempre passou, na história do
SINAL, por também defender um corpo de funcionários coeso e valorizado,
mesmo que com ideias dissonantes dentro dele. Parte da atuação do Sindicato
foi justamente defender o funcionalismo contra informações que não contavam
120 a verdadeira história dos trabalhadores. É o caso, por exemplo, da carta-resposta
enviada em 1996 para o jornalista Josias de Souza, após matéria publicada na Folha
Um Sinal na História
de São Paulo em dezembro do ano anterior. Nesta resposta, o SINAL faz questão
de mostrar a realidade dos salários dos funcionários do Banco, defendendo não ha-
ver privilégios ou regalias aos servidores do Órgão.
“Para que o ilustre periodista forme uma ideia precisa acerca do nível de remuneração do
funcionalismo do BC e do quanto de inverdades no particular contra ele se assaca, mencio-
naremos que o salário de ingresso no Órgão, hoje, é da ordem de R$ 890,00”.