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PR ATA DA CASA

sobre o surgimento de alguns
de seus personagens.

Em 1998, veio a aposentado-
ria do Banco Central. Difícil
deixar os companheiros de
trabalho, enfatiza ela. Pe-
saroso também ter de aban-
donar todas as anotações, acumuladas
ao longo de décadas de serviço. Aliás,
anotar tudo o que se passa é um hobby.
Escreve receitas, conversas, frases de
filmes, etc. “Comentários no ônibus
vão para o papel e às vezes viram mú-
sica. Tantos escritos estão acumula-
dos em quatro caixas de papelão. Um
dia, serão peneirados para virar livro”, garante.

O merecido descanso depois de mais de duas déca-
das devotadas à Autarquia não a afastou da luta sin-
dical em nome dos que contribuíram e ainda contri-
buem para o bom serviço ao Estado e à população.
Cleide continuou fazendo parte de Conselhos Re-
gionais do Sinal SP, incluindo um ano na Diretoria
Nacional de QVT e Assuntos Previdenciários. Atualmente, está
afastada do CR em São Paulo, devido à dedicação à vida acadê-
mica cinco dias por semana, a quase 200 km da capital paulista.

“Faz falta a luta sindical. Espero que os sindicatos se unam para
unir os servidores públicos, APOSENTADOS TAMBÉM,
em defesa dos seus direitos e na construção de um Brasil mais
justo e desconcentrador de renda. Sem o que qualquer promessa
de crescimento é propaganda enganosa. Ou novela para os bois
dormirem antes de irem ao matadouro”, finaliza.

E desta forma, segue Cleide. Na difícil saga com os números,
mas escrevendo, por vezes literalmente, novos capítulos.
	

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